domingo, 27 de julho de 2008

WE ALL LIVE IN A YELLOW SUBMARINE

O que diferencia o original do cover é a ausência de autorização do último para mudar as canções do primeiro. Exemplo: se os Flaming Lips resolve virar uma banda de hard core e rearranjar tudo que eles já compuseram para a nova onda, eles ainda vão ser os Flaming Lips, agrade ou não os fãs antigos. O contrário acontece com uma cover: eles não podem mudar as versões originais sob pena de não serem mais uma cover.
Comento isso pois sexta-feira fui ver a "melhor banda cover dos Beatles do mundo": The Beats. Musicalmente impressionantes e visualmente interessantes: excelentes músicos, timbres dos instrumentos idênticos e das vozes assustadoramente parecidos, trejeitos ok (o Paul-cover canhoto e tudo), cabelos e figurinos ok (mudaram de roupa umas 10 vezes, inclusive quando todos de terno branco a flor do Paul era negra ao contrário das rubras dos demais). Eles usaram recursos bacaníssimos como se inser nas capas dos discos Sg. Peppers e Abbey Road (Paul descalço, com passo trocado e cigarro na mão direita) imitando os imitados, ou como simular outras fotos clássicas do quarteto fantástico, ou ainda uma dublagem de pedaços do Yellow Submarine onde the Beatles reconheciam e aprovavam The Beats, etc... mas não tinha autorização para mudar nada. E nem queriam para não poderem ser a melhor banda cover do mundo.. talves mais parecido com os Beatles do que eles mesmos. É a síndrome da xérox... muito reconhecimento nada de conhecimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

que divertido.

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O próprio indizível