segunda-feira, 14 de setembro de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Samuel Beckett - Act Without Words I




Texto: http://samuel-beckett.net/Act_Without_Words.html

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Idéias sobre autonomia I

"Minha independência, que é minha força, implica a solidão, que é minha fraqueza. Odeio – como já disse várias vezes – a independência política. Portanto, minha independência é – digamos – humana. Um vício. Não poderia dispensá-la. Sou seu escravo. Não poderia nem mesmo me vangloriar dela, transformá-la em motivo de um pequeno orgulho. Pois eu amo a solidão. Mas ela é perigosa"
(Pier Paolo Pasolini)

sábado, 18 de julho de 2009

"Nada de risadas... nada de casamentos... nada de funerais..."

Casamento Silencioso (Nunta Muta)
Reparem com, em meio aos ecos de mestres do humor como Chaplin, o filme retrata como o autoritarismo pode emudecer e ensurdecer mesmo as mais risonhas pessoas.


PS: A sequência de onde se tirou o nome da película faz valer cada centavo gasto na entrada!!! :D

terça-feira, 7 de julho de 2009

QUINTANA

Poeminha sentimental

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

RE: NOTÍCIAS

de: Luciano Bravo

para: Maurício Laurindo

data: 14 de março de 2008

assunto: Re: Notícias


Querido irmão,

Nesta manhã havia acordado pensando muito em vcs. Incrível como essas coisas acontecem, não é mesmo? Eu me comprometi a lhe escrever ainda hoje e, surpresa, vc foi mais rápido. Que sorte a minha, já que vejo que compartilhamos algo muito intenso e maravilhoso: a amizade!

Por aqui está tudo caminhando. Obrigado pela sua preocupação e pelo ombro amigo em todas as horas. Realmente a vida no Rio tem me agredido um pouco. E isso não é de hoje e vc sabe. Acontece que tudo aqui é diferente demais do que sempre vivi e talvez do como gostaria de viver. Os problemas começam logo na calçada: é o trânsito, a multidão na rua, o barulho insuportável, os encontrões, o desaparecimento. Também o próprio way of life me é estranho: as pessoas aqui acumulam os deveres de serem produtivas, competitivas, diligentes, muito bem informadas e atualizadas, impessoalidade, etc... muitos dogmas ortodoxos liberais, né?, como o pleno emprego dos fatores de produção, informação perfeita, racionalidade plena, objetividade.

Aliás, a objetividade deste povo é matadora: vc é o que vc faz, quem conhece e o que tem. Eu não sou nada disso e todos percebem e ou querem me traduzir nestes termos ou querem me excluir, pela ausência deles, impondo-me às suas sombras. Um pouco disso mesmo em casa... A fora isso, estou vivendo muito de improviso: moro num quartinho improvisado na casa de uma tia; arrumo minhas coisas (roupas, livros e cds/dvds) de forma improvisada, partilhando o guarda roupas de uma tia-avó e as estantes do quarto. O meu trabalho é legal, ganho bem pelo tanto que trabalho, mas, além de não ser suficiente para me proporcionar alugar alguma coisa e continuar vivendo por aqui até ir melhorando as coias, também é um bico, já que não quero nem posso ficar pensando em viver disso (professor só resolve os problemas da vida de seis em seis meses, é dependente da avaliação dos alunos, do coordenador, da diretora, dos colegas etc.), pois é um tanto quanto inseguro e instável (posso ter a minha carga horária diminuida ou aumentada sem mais nem mesmos; em ambos os casos reclamar nao adiante nada e pode significar demissão)... Não estou nem me esforçando para fazer amizades, pois as vezes acho que elas também serão improvisadas para o tempo em que estou aqui; garotas então... não tenho nem animo muito por conta de tudo disso também...

Percebeu que me resta pouco aconchego aqui, não é? Eu estou tentando descontar com muito estudo (apesar do cansaço), leituras (minha paixão como sabe) e algum cinema. Nos dois primeiros é fácil, já que não exigem companhia e assim eu tiro de letra; quanto ao cinema, estou ainda um pouco cabreiro, ja que ir sozinho é uma merda. Aliás, um pouco também para as outras atividades me falta interlocutor. Não tenho com quem discutir o que leio ou os filmes que gosto de assistir ou as musicas que gosto... mesmo aqui em casa, sou um estranho no ninho, já que os gostos e interesses dos meus primos e primas em geral divergem dos meus...

Outro dia, após um dia péssimo em que me frustrei muito tanto na redação da dissertação, quanto nas aulas que havia dado, pensei em mim daqui a uns 10 anos. Logicamente que ri da figura que moldei, assim como acho que vc vai se rir todo, advirtuo: me imaginada um senhor barbudo, vivendo de um serviço público medíocre que me permitisse pagar contas (inclusive da internet) e comprar livros e dvds, tendo uma mulher interessante e carinhosa do lado (agora sigo o conselho do Fred e quero uma mulher mineira!), vivendo uma casa modesta, plantando metade do que comeria: uma vida bem simples. Espere ai: seria quase um comunista: barbudo e vivendo do estado e da terra... hauhuahuahuhau

Impossível, realmente, me imaginar no futuro. Não sei mais o que será, antes imaginava muitas coisas legais. Hoje, não sei. Aliás, "não sei" é o meu bordão: não sei nem mais o quero. Mirella, minha prima, assim como Alochio me dizem que o problema todo é o mestrado e a pressão de acabar e superar isso. Pode ser, mas acho muito para atribuir apenas ao curso, que aliás, estou aprendendo a relaxar (agora apenas, na reta final). Sei que com o curso, as coisas mudam e as oportunidades surgem. O negócio é aguardar. Mas há uma questão de valores mais ampla ai, há um constrangimento esquisito que assombra a nossa profissão. Caso eu acabe logo, como espero, não sei se forço a barra para continuar aqui: a contratação e permanencia num escritório aqui é complicada, ainda mais para mim - acho que seria preferível ao escritório contratar um estagiário que conhece o sistema todo do que alguém de fora. Aliás, consigo contratação, mas para ser um numero no escritório, sem participação ou contato com os clientes...

Logico que tenho bons contatos e aliás, isso me motiva ainda um pouco. Conheço diversas pessoas que poderiam me catapultar aqui, como coordenadores de universidades e cursos, donos de escritórios etc... mas eles ficam a todo tempo me testando, o que denuncia um amplo desconfiar - generalizado na cidade diga-se de passagem. Mas vamos ver. Vou continuar sem fazendo planos que não sejam acabar o meu trabalho e perservar a minha integridade.

O problema também tem outra face: e se eu voltar para o ES, largo isso tudo? Faço o que? Ja mandei um curriculo para a UVV por via das dúvidas. Eles precisavam de professor de Direito Administrativo e eu contatei o Coordenador deles, mas a vaga era para começar esta semana - o que não posso fazer e largar a Candido, por questões éticas e compromissos assumidos.

Tenho uma novidade extra, e engraçada: estou participando de um programa de rádio. :D Tenho um amigo (este sim) que apresenta voluntariamente um programa jurídico na rádio catedral (isso mesmo, uma rádio da Igreja). Estou participando do corpo de debatedores. A minha estréia foi nesta quarta. Divertido. Espero que a MTV me descubra. :D

Acho que, e já concluindo, estou sofrendo com uma enorme ressaca do Rio. Passada a euforia, o que vem mesmo é a depressão. Como vc deve saber, terei contado?, estou fazendo terapia e isso tem ajudado, assim como o calmantezinho natural que anexei aos meus remédios habituais. Estou procurando saco e energia para fazer uma atividade física e melhorar outras coisas relacionada à qualidade de vida. Bem, eterna procura – no quarto escuro.

Espero que este e-mail o encontre bem, assim como a Rachel e o Rafinha. Saudades enormes de vocês e de toda a paz, alegria e espontaneidade que vcs espelham.

Beijos do Luciano

PS: A Priscilla, mulher do Alochio, está grávida novamente – será outra menina e se chamará Rachel!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

MARCOS OLIVEIRA

O homem que me ensinou a usar chapéu escreve aqui: http://marcossilvaoliveira.blogspot.com/

terça-feira, 30 de junho de 2009

Cora Coralina

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

sábado, 20 de junho de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

Roberta Sá

Esta foi a primeira música que ouvi na voz afinadíssima de Roberta Sá. Até que dá vontade de ouvir samba, né?

domingo, 22 de março de 2009

Radiohead-Radioactivity

Queridos e queridas,
Estive no show do Kraftwerk e Radiohead, nesta sexta dia 20. Incríveis! Não imaginava mais poder ver os alemães semi-máquinas ao vivo! Machine, machine, machine, machine, machine, machine, machine, machine, machine, MA-CHI-NE!
E o Radiohead confirmou tudo que eu imaginava deles. Eles conseguem mexer com emoções de verdade, heim? Tocaram por mais de duas horas e meia, repassando no repertório todos os discos. E tudo foi explorado de forma magistral: música, luzes, telão. Incríveis, incríveis. Tocaram No Surprises e prá que? Queriam me ver alucinado, né? E Paranoid Android que há muito não tocavam em shows. Tb estava lá as mais legais do Kid A, como aquela "everythinnnggg is on the right place..." e National Anthem, na qual se utilizou um radio para sintonizar e samplear estações nacionais e, imaginem, a última palavra que se ouviu da reportagem sampleada foi: história-história-história, repetida ad infinitum. Proposital? Acho que providencial.
Ah, teve o Los Hermanos abrindo a noite. Foram frios e tocaram com o som muito baixo. Tinha uma galera animada, né? Fã é fã. Mas o comentário mais legal sobre o show foi a jocoza evocação do pessoal que estava perto de mim, que eu acho que vai ser adotada nos luais e onde mais tiver alguém e um violão: "Toca Mallu!"
E para quem fala que Vitória é pequeno e que sempre se ve as mesmas pessoas nos mesmos lugares, percebam: no meio de 30 mil pessoas, encontrei uma querida amiga lá. Carol Iperativa estava igualmente comovida como eu. E no outro dia, outra Carol, mas dando um bordejo no Leblon. Adorei ve-las!
Beijos

quinta-feira, 5 de março de 2009


"É extraordinário que eu esteja aqui, nesta casa, nesta janela, e ao mesmo tempo é completamente natural e parece que toda a minha vida fora até aqui apenas uma excursão confusa e longa; moro aqui. Na verdade onde posso morar senão em minha casa?"
Rubem Braga (trecho da crônica "Cachoeiro de Itapemirim")

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

29 ANOS

"Sou velho e já passei por muitas dificuldades, mas a maioria delas nunca existiu" (Mark Twain)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

TECNOCRACIA


antiga charada formulada para o amigo Wener pensar sobre.

Perfil

Rio de Janeiro, RJ, Brazil
O próprio indizível